Imagem cedida por Elekta
Muitos outros acessórios podem ser usados, em vez de, ou conjuntamente com os descritos anteriormente.
Saiba tudo sobre os vários acessórios usados.
Tal como o nome indica são colchões. Porém não são exactamente os colchões que têm em mente. Existem em vários tamanhos e podem ser para a totalidade do corpo, apenas para metade ou apenas para membros, por exemplo.
A ideia é simples. Ao deitarem-se no colchão ele é mole e cria um pouco a sensação de que estamos a ser envolvidos por ele. É essa a sua função! Estes colchões têm como função criar um molde do seu corpo.
Enquanto estão deitados, o colchão é ligado a uma pequena máquina que vai retirar todo o ar que está dentro do colchão fazendo com que fique rígido e com o molde do seu corpo. Para quê? Para que quando se deitarem nele durante o tratamento apenas fiquem confortáveis na posição em que o molde foi feito.
Para além disso serve também como forma de limitar movimentos já que são estes alguns dos pressupostos da radioterapia. Posicionamento reprodutível e permanecer imóvel.
Para poder explicar os bólus há que chamar a atenção para um aspecto particular da radiação quando interage com a matéria. Pensem num tanque com água sobre o qual fazemos incidir um feixe de radiação. Imaginem ainda que temos um qualquer equipamento que mede a dose de radiação à medida que vamos mais fundo dentro do tanque.
Nesse cenário o que seria de esperar é que teríamos mais dose quanto mais perto da superfície estivermos. Não é, porém, o que acontece…
Neste feixe, se for de fotões (são os mais usados na radioterapia), ao entrar na água vai ionizar moléculas de água produzindo electrões (ver secção sobre radiação). Isto quer dizer que junto da superfície vão existir electrões e fotões a depositar dose, criando uma área junto da superfície em que a dose ainda aumenta antes de diminuir.
Traduzindo para um tratamento e imaginando que a superfície da água é a nossa pele, isto significa que nos milímetros mais superficiais da pele não é depositada a totalidade da dose. Porque é que isto importa? perguntam vocês. Importa quando tratamos tumores na pele!!
Nesses casos, e se pretendermos usar feixes de fotões, podemos colocar sobre a pele um bólus feito de um material gelatinoso que tem uma densidade semelhante à da pele. Existem em várias espessuras ou completamente personalizado, mas todos têm a mesma função. Fazer com que o máximo de dose depositada seja sobre o sítio que pretendemos tratar e que não deixamos que nenhuma parte fique sub doseada.
Como explicado anteriormente, os tratamentos feitos com recurso à técnica auxiliar por imagem guiada (IGRT) têm como intenção um tratamento mais preciso. Existem várias formas de o fazer sendo uma delas através destes marcadores.
Podem ter várias formas mas, na essência, trata-se de pequenos pedaços de metal, geralmente ouro, que são introduzidos no volume alvo e que vão servir de orientação para localizar o volume a tratar.
Usados mais frequentemente na próstata, podem também ser usados no pulmão ou no fígado em tratamentos estereotácicos (SBRT).
A sua introdução é um procedimento invasivo com recurso a pequenas agulhas vectoras que, guiadas por imagem, vão inserir os marcadores nos tecidos alvo. Se lhe for proposto a introdução deste tipo de marcadores ser-lhe-à explicado, em mais detalhe, o porquê e o como do procedimento. Fale com o seu médico e esclareça todas as suas dúvidas relativamente a este procedimento.
Outros tipos destes marcadores existem, sendo exemplo os marcadores que emitem uma radio-frequência usada para os localizar.
Trata-se de um acessório muito particular. Usado em tratamentos de próstata tem como intenção, e tal como o nome indica, criar espaço. Nos tratamentos de próstata, o recto é um dos órgãos em risco de receber uma dose considerável de radiação. Devido à sua localização anatómica (o recto situa-se junto da parte posterior da próstata), o espaço existente entre ambos os órgãos é, geralmente, muito pouco.
Assim, este acessório tem como função aumentar a distância entre a próstata e o recto deixando-o assim mais distante da área de maior dose, minimizando os efeitos secundários decorrentes da sua irradiação.
Estes espaçadores consistem numa pequena bolsa feita de material biodegradável, que é preenchida criando assim o desejado espaço. São introduzidos através de um processo minimamente invasivo e não necessita de remoção cirurgica, visto que se degrada completamente após alguns meses sendo absorvido pelo corpo.
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